Teus olhos sob meu caixão vazio
Há tempos que o tempo sem sentido
Insiste em nos tornar peças mudas,
E não desiste em ti mostrar
O ponto fraco que existe entre o ser e as sombras.
O caminho é vago e não há certeza
A lei que extinta a esperança perdida de uma vida que se vai...
(Latromodem - Calafrios)
O ardor de teu corpo que tanto já não sinto me assombra,
Teu olhar de luzes brandas apavora minha lembrança,
A dor que vivo encobre a turva visão deste lugar oculto em meu próprio vulto...
Os calafrios teus ainda residem sob o leito agudo que um dia foi meu;
O leito que jamais tomei lugar por assim saber que jamais respondi(– Case comigo? –)
Consolação não persiste em ficar.
As dores fúnebres me enlaçam e teu olhar que me fitava desfeito em lágrimas está.
Nossos fantasmas de encontro sabiam que eu jamais responderia o teu(– Case-se comigo... –)
Nada há além do que já via;
A escuridão dos sete palmos em meu caixão vazio.
A intensa dor memoranda a ti pertence, tua falta e teus olhos fundos a pedir...
A alvorada sombria de encarar a dama de grinalda negra acima se quedou.
E como no valsar de líricos dizeres somente uma frase comigo:
Esse sempre será meu único castigo a meu lado não ter teu abrigo;
“Não a remédio para o caos ou para o tédio somente o suicídio”.