O Cortejo Íntimo da Vítima

Eu me calo diante da consciência

Ajo no inferno num comum lar

Nesta proliferação de senciência

Donde atormentam minha jugular.

A cabeça do meu corpo a cair

Faz o convulsionado movimento

Em enlouquecer até o sangue fluir

O silêncio vago do sofrimento.

Não existo para o dilema mundano

Sou como apócrifo para o cristão

Uma dor emulada para um insano

Quais sombras já não mais estão.

Sei que minha solvência é legítima

Os órgãos depostos de suas funções

Sem receber as extremas unções

Neste cortejo íntimo de ser vítima!

O Dissecador
Enviado por O Dissecador em 23/02/2016
Código do texto: T5552156
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