Névoa Gótica

(Névoa gótica )

Encontro-me na noite clara

Vislumbrando o resto do sol no horizonte ir longínquo.

Escrevendo no frio granito de um ente ancestral.

Um breve verso na lápide.

Contudo, a distração evaporou-se de imediato,

Era Drácula, que havia se mostrado,

Me presenteou com sua visão hedionda.

Logo nesse íntimo instante.

Quando exalava o eflúvio da brisa no embalçamo do ar!

Que infortúnio ele veio me cumprimentar.

Dialogando um malfadado e um soturno

O que pensará o túmulo sobre

A conversa dos dois moribundos?

O vampiro pergunta me,

"Como insano amigo escreves no cemitério,

De onde vem tua inspiração?

O que passas na tua mente?"

Extasio-me de imediato.

Incrédulo de ouvir o rei dos vampiros,

amante das trevas

Em perguntar, simplesmente em perguntar,

"O que passas na tua mente?"

Logo cismo no entanto,

Como explicar essa ditosa inspiração

Em admirar o anoitecer,

o sibilar dos morcegos,

Em conversar com as estrelas

E elas em núpcias responder!

No cemitério sentir a morte lhe cumprimentar e,eu tremendo

para lhe sentir no peito!Não obstante respondo-lhe:

"Olhe aquela sepultura rodeada de flores,minha inspiração ao

contrário do que ali jaz, ela nasce como as mesmas flores.

inspiro!Inspiro!Inspiro...

Inspiração,decisão,vivo.

Sim,sim é simples assim."

Logo, nobre e eloquente o vampiresco diz:

"És verdade triste amigo, é sublime a natureza.

Nesse cemitério onde estamos

A relva é mais verde,

As flores mais cheirosas,

A brisa mais nebulosa!”

Emanuelrabelo
Enviado por Emanuelrabelo em 25/08/2015
Reeditado em 12/11/2019
Código do texto: T5358711
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