Sentidos

Dias plúmbeos, são tais, harmonizados por vários crepúsculos

Quando seu sorriso evidente não se faz.

Melancólicas notas inaudíveis, no entanto ressonantes com o corpo,

Que ainda sim tocam os insensíveis.

Cores em locais perfeitamente sitiados, de texturas tais,

Apreciadas por cegos que ali pousarem os dedos.

Dias tempestuosos quando se sopra o vento do pensamento

E se inunda com as águas do tormento (“por quê?”)

Noites luzidas, quando o tato não se faz presente

E o regozijo do toque é negado aos vivos, quão almas entorpecidas.

Sabores transparentes e insensíveis degustados por lábio frios,

Que mudos encantam os infortunados.

O silêncio, então, se torna uma bela sinfonia

Onde arranjos mudos, dissonâncias inexistentes... Tudo... Se combina...

O letargo cessa, quando acaba a melodia surda

Para aqueles que não mais tem pressa.

Felipe S Carvalho
Enviado por Felipe S Carvalho em 26/07/2015
Código do texto: T5324442
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