MEDOS II
Tenho medo de abrir os olhos para que veja a tua partida
Me acostumei a chegadas mas nunca a idas
Se for para ir vá longe para que a dor não me doa
Vai e não mi venha com despedidas
A outra que me compreenda esse meu coração eu doa
Medo da própria vida, que faz de mim um parasita
Que do outrem necessita
Medo de compartilhar os meus medos e os meus segredos
Sou vítima desse triste enredo
Sei bem que cedo as coisas doces vão
E tarde as coisas fúteis são os que não passarão
Tenho medo que até já não sei do que tenho medo
Medo que nem sei de onde brota,
Consequentemente me deixando quedo
Medo quando recordo daquela triste anedota
Medo de continuar a trilhar por esses caminhos obscuros
Medo ao ver a minha juventude
Seguindo rumo ao destino sem futuro.