MEDOS II

Tenho medo de abrir os olhos para que veja a tua partida

Me acostumei a chegadas mas nunca a idas

Se for para ir vá longe para que a dor não me doa

Vai e não mi venha com despedidas

A outra que me compreenda esse meu coração eu doa

Medo da própria vida, que faz de mim um parasita

Que do outrem necessita

Medo de compartilhar os meus medos e os meus segredos

Sou vítima desse triste enredo

Sei bem que cedo as coisas doces vão

E tarde as coisas fúteis são os que não passarão

Tenho medo que até já não sei do que tenho medo

Medo que nem sei de onde brota,

Consequentemente me deixando quedo

Medo quando recordo daquela triste anedota

Medo de continuar a trilhar por esses caminhos obscuros

Medo ao ver a minha juventude

Seguindo rumo ao destino sem futuro.

Marllon Neves Langa
Enviado por Marllon Neves Langa em 17/12/2014
Reeditado em 30/12/2014
Código do texto: T5072209
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