pensamento gótico
Noite fria e vazia
Sem esperanças
Vago na escuridão
Acostumada com a lama
Que escorre no meu vazio
Estou pálida como uma mera ave morta
Em meu enterro triste e sombrio
Vejo essas mãos que, às vezes me afaga
E outras me apedreja – fria, sem vida
Olho para sua boca e escarro
Nesse circulo desordenado
Como na minha última quimera
Somente a ingratidão – está certa
Nada me satisfaz
No meu silêncio escuto
Teus gritos sangrentos e indiscutíveis
No meio do caminho
Tua alma pede socorro
Já estas morto com essa agonia
A sepultura espera por tua melancolia
Não adianta chamar meu nome
Tudo já se dilui
Agora estas diante da lua
Nesta noite escura
Seu corpo banhado de sangue
Nessa escuridão encantadora
Sufocado por um beijo meu
Nessa terra que já me perdeu.