ABANDONO


São tantas crianças sem lar

Que nunca foram à escola!
Órfãs no mundo a vagar
Sentem frio e cheiram cola...

São filhas do cruel abandono
Não conhecem a compaixão...
De uns poucos tiram o sono
De outros nem o perdão!

Multiplicam-se nas esquinas
Amontoam-se nas calçadas!
Nas horas tristes, clandestinas
São brutalmente açoitadas...

Algumas são frágeis, pequeninas!
Outras até aprenderam a matar...
Roubam o alimento das vitrinas
E buscam alguém que as possa amar!