PASSOS E CAMINHOS
É no terminal rodoviário
Onde trafegam corpos ligeiros
Com andares grosseiros
Ambiente para meu noticiário
Dissipam-se olhares agrestes
Vendem-se vidas libidinosas
Esvaem-se até a beleza das rosas
Escaldante o sol castiga o proletário
Que inala o seu próprio mau-cheiro
Profanamente reúne o próprio dinheiro
Para mais tarde obter seu relicário
Já é noite, subtraem-se as vestes
O dinheiro paga às mãos sebosas
Esvaem-se até a beleza das rosas...