Crítica
Vivemos de pão.
Somos cães que ladram e não mordem.
Cultuando o tempo que nos envelhece,
a insônia a vida consome.
Vivemos do nada, que enche o vazio,
somos um povo bravio sem canções, sem idiomas.
Vivemos da Rasta de Deuses ateus,
sujando na lama nossos scarpans,
a procura de lume no breu.
E somando perdas e danos,
vivemos ocultos ciganos,
sedentários pigmeus.