NO CRUZAMENTO DO NOJO

NO CRUZAMENTO DO NOJO

O cruzar individual,

Vem com o ter.

A poesia pública desce,

Por demonstrações generalizadas.

O mal se veste,

Com o pedido profissional da substituição visionária.

O encarar simpatizante,

Transmite o egoísmo da pessoalidade.

A reciprocidade única e gestual da grandeza,

Transborda nos dados do tudo quantificado.

O exceder natural,

Estabiliza o guardar.

As localizações do trazer superior e lucrativo,

Nega o que são as imbecilidades românticas do nascimento aplicado.

O sim das adversidades lentas,

Sente-se o túmulo das multidões.

O principal do tempo,

Merece uma igualdade vadia.

As posses da culpa,

Aproximam as nobrezas da sociedade.

O não se adapta,

Às normas da vida.

A realidade do julgamento supremo,

Trabalha com certezas prostituídas.

A pobreza válida,

Opera explorações.

As doenças das curas sedentas e justas,

Mandam no raciocínio.

O fim dos estilos fartos,

Concluem com letras todos os motivos.

As razões do choro sem lágrimas,

Revoltam contrariedades supostas.

As substrações das importâncias humanas,

Cedem ao serviço das sensações.

O haver externo,

Compara-se a ocorrências corriqueiras.

O isolamento inconsciente,

Diariamente passa pelo coletivo deixar.

A estupidez da escrita,

Constrói a fome.

A mesmice dos acontecimentos intensos,

Destrói penas.

Sentidos transcritos,

Dançam nos aumentos da caridade.

A piedade heterônima da depressão,

Coloca-se no aconchego da melancolia.

A autenticidade do olhar,

Quer o hoje da liberdade habitável.

A diminuição da tristeza,

Define o indefinido.

As causas dos abismos,

Sabem das bondades do poder.

A celebração interior,

Direciona as defesas da opinião.

A falta lúcida do querer,

Converte convicções.

O já dito pelo nada,

Apropria-se das estéticas mentais do nojo.

Sofia Meireles.

Sofia Meireles
Enviado por Sofia Meireles em 31/10/2022
Código do texto: T7639479
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