Águàsete
Calmo no terraço de um prédio que fica em frente à construção
Que não para
Que não cessa
E já passou das sete
Seco a boca com a mão
Mãe em casa
Filhos sete
E não para
O progresso:
Acidente à contra mão
O meu teto
É o chão
Da casa da minha chefe
Minha ideia
É vendida
Só quando a convém
Ninguém grita
MANIPULAÇÃO
Ninguém mede
RETROCESSO
O reverso do que me venderam
E ninguém sabe do peso que foi me decepcionar
Como sabe
Não importa a idade que se tem
***
Quinta feira seis e quinze
Faca cega descascando uma laranja
Fruta doce bagaço amargo
Jogado na minha pia
como se não fosse nada
Fim do dia
Bebo água às sete
Não carece de liquido
Pra maquina funcionar
***
...e
Eu tentei te avisar
Eu tentei de avisar
Eu tentei de avisar
Eu tentei de avisar