Presidente na "língua de fogo" da política

Eu estou querendo um presidente forte

Que resista à "língua de fogo" político

Da lenha pesada com discurso crítico,

De modo que ceda, mas não se entorte.

Ainda mais, espero que ele se comporte

Com a força de quem é um político estadista,

Pois, querendo ou não, ele é protagonista

Da cena política — um ator nacional.

Já houve paralisação policial

E "o Coronavírus é um vírus grevista".

Além do inimigo de carga viral,

Um amigo embarca em outro navio,

Dispensando o mar, navegando no rio,

De onde aparece, em um cartão postal

Do seu belo trono governamental,

Falando mal do que um presidente faz.

Se um chefe da nação não for perspicaz,

Não vai resistir ao "calor da harmonia

Com os outros poderes", fora a pandemia...

Seu filme é queimado, perdendo o cartaz:

Ele sai de cena ou se distancia.

Em nome do Orgulho e da Supremacia,

Um juiz, um deputado, um senador,

Outro presidente ou um procurador

— isoladamente ou em parceria —,

Talvez, peguem rumo de outro vetor;

Quem sabe estremeçam a Soberania.

Valdir Loureiro

______________________________________

Poema acima com versos hendecassílabos (11 sílabas métricas).