SÍNDROME DE UM PEDRO-PÃO-PÂNICO
Pedro Pânico em sua solidão voraz
Não admite seus erros, esconde seus atos
Sobre uma máscara de voar, audaz
Faz poemas de amor, mas para a amada não lavar os pratos
Busca a perfeição para não admitir-se quebrado
Seu espelho não reflete sua má sombra
Adia seu trabalho por mais que forçado
Seus preconceitos são projeções que não tombam
Ele joga em pessoas diferentes da sua forma
Seus defeitos, iludindo-se em sua Terra-do-Nunca
Onde todos são solitários e sem norma!
Onde todos sentem dó de si, e não se perguntam
Suas mães pedem para eles não serem como os pais
Os pais: “Não magoem suas mães mais!