ELEGIA A UM AVARENTO
ELEGIA A UM AVARENTO
Passou sua vida sem nada fazer,
Vivendo à custa da exploração da pobreza.
Agora, próximo de a vida perder,
Arrependido disse: maldita avareza.
Acrescentou: morrerei sem amigo deixar
E mergulhado no maior azedume
Por só pensar em dinheiro amealhar,
De todos recebo queixume.
Se pudesse voltar a viver,
Não sentiria este agonizante estertor,
Repartiria meu dinheiro a bem fazer,
E agora, morreria rodeado de amigos e amor.