Da poesia cotidiana
É um verso
É um bálsamo
É um grito
É um soco
A tocar corações dispostos
A cobrir feridas expostas
A ensurdecer ouvidos moucos
A socar estômagos insensíveis
que já não embrulham
ante a miséria
que putrefa
diante dos olhos.
É um verso
É um bálsamo
É um grito
É um soco
A tocar corações dispostos
A cobrir feridas expostas
A ensurdecer ouvidos moucos
A socar estômagos insensíveis
que já não embrulham
ante a miséria
que putrefa
diante dos olhos.