ARNALDO
Eu quis ser direito, mas não consegui
Não me deram uma chance pra eu insistir
Me olharam de lado, não me deram função
Comentaram que uma vez ladrão, sempre ladrão
Não tive outro jeito, para o crime voltei
E agora formado, na universidade passei
Pois minha cadeia, me deu instrução
Pra grandes façanhas, fazer, do roubo, profissão
Com a polícia comigo, acobertando meus feitos
Em troca de grana, qualquer um cria defeito
Cada um se vira do jeito que sabe
O político, o empresário tem a sua parte
Ao invés de mamatas, acordos, rateios
Verbas, privilégios, monopólios, licitações sem sorte
Vou direto ao assunto, tiro dos ricos ateus
O que tiram do povo, e é de direito meu
Já tive a ilusão de ser honesto, correto
Mas os espertos é que tomam conta do correto
Sou empresário do crime, e o meu aliado
Terá recompensa se produzir o acertado