ARNALDO

Eu quis ser direito, mas não consegui

Não me deram uma chance pra eu insistir

Me olharam de lado, não me deram função

Comentaram que uma vez ladrão, sempre ladrão

Não tive outro jeito, para o crime voltei

E agora formado, na universidade passei

Pois minha cadeia, me deu instrução

Pra grandes façanhas, fazer, do roubo, profissão

Com a polícia comigo, acobertando meus feitos

Em troca de grana, qualquer um cria defeito

Cada um se vira do jeito que sabe

O político, o empresário tem a sua parte

Ao invés de mamatas, acordos, rateios

Verbas, privilégios, monopólios, licitações sem sorte

Vou direto ao assunto, tiro dos ricos ateus

O que tiram do povo, e é de direito meu

Já tive a ilusão de ser honesto, correto

Mas os espertos é que tomam conta do correto

Sou empresário do crime, e o meu aliado

Terá recompensa se produzir o acertado

Audsandro do Nascimento Oliveira
Enviado por Audsandro do Nascimento Oliveira em 05/10/2020
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