Resistência dos excluídos
O sol das manhãs ajuda a desnudar
Os horrores das noites sangrentas,
Uma parcela gelada nos barrancos,
Outra com sede de ar puro,
Em metros quadrados enjaulados,
Sonham com a liberdade através do muro.
A sarjeta sempre foi lugar para os marginalizados,
Sem um tostão, bolsos furados, vulneráveis aos males,
Ainda lutam pela mãe gaia, sonham com vales.
Nas selvas de pedras a liberdade vive na prisão,
As cercas aprisionam sonhos,
E a fome faz mais um ladrão.
Séculos passaram, mas o conservadorismo ainda não.
Os injustiçados de ontem continuam sendo cassados.
Deve-se lutar ou morrer de fome?
Faz parte da caminhada,
Pegue na mão de uma criança,
Mantenha a esperança.