Resistência dos excluídos

O sol das manhãs ajuda a desnudar

Os horrores das noites sangrentas,

Uma parcela gelada nos barrancos,

Outra com sede de ar puro,

Em metros quadrados enjaulados,

Sonham com a liberdade através do muro.

A sarjeta sempre foi lugar para os marginalizados,

Sem um tostão, bolsos furados, vulneráveis aos males,

Ainda lutam pela mãe gaia, sonham com vales.

Nas selvas de pedras a liberdade vive na prisão,

As cercas aprisionam sonhos,

E a fome faz mais um ladrão.

Séculos passaram, mas o conservadorismo ainda não.

Os injustiçados de ontem continuam sendo cassados.

Deve-se lutar ou morrer de fome?

Faz parte da caminhada,

Pegue na mão de uma criança,

Mantenha a esperança.

Eliezer Antunes de Oliveira
Enviado por Eliezer Antunes de Oliveira em 19/09/2020
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