Natureza morta!

Rios de mentiras, lama na pureza, queimando a verdade.

Torrando a paciência, séculos de vidas abastadas em indecência.

Julgando o quanto vale a negociata da matéria, condenando a moral e a ética.

Apresentando respostas prontas com falas falsas brandas, para crimes tributários, erário, público do voto errado. Público acusado, jogo contrário.

Vidas não importam, as brincadeiras, os shows, teatros, filmes, estórias importam!

Quem morreu, quem vai adoecer ou quem está prestes a falecer, é um jogo do poder.

Laboratórios de cérebros para obedecer.

Redoma de sarcástico prazer em fazer o povo sofrer.

Fazenda de feituras de torturas.

Cangaceiros e ditadores nas ruas, e o povo feito de sela ou na cela.

Armaduras de desprezo, máscaras de compaixão, cadeias de ódio para os sentimentos do coração.

Vidas sem sentido, sem alma e na irrealidade das ilusões.

Química de paixões, ciúmes, invejas, enganações, religiões.

Cemitérios de cruzes, valas no chão.

O pobre morto ou vivo num buraco omisso.

Gente indigente, sorrindo por fora e sofrendo por dentro.

Lágrimas e dor que ninguém contou, gritos que ninguém escutou, processos que engavetou, justiça que recuou, confiança que não se justificou, votos que não se classificou, estatísticas que não mudou, esquema de ganho eleitoral sem origem intelectual e mudança social.

Pagas e propinas, cafetões, prostitutos e assassinos.

Um mundo em degeneração moral, depreciando a atividade intelectual.

Divertimento de inferninhos degradando os restos de neurônios para as latrinas, onde o ego do dominador vela e produz o horror, com barulhos e drogas jaz o som das músicas porcas.

Inconscientes de suas imundícias seguem para um caminho sem volta, sem direção, sem certezas e sem noção.

Uma multidão marcada e vigiada para a depravada diversão de sátiros do alto escalão.

O povo sem tesouro, vivendo com insetos, sendo abjetos e os vis com todo o ouro vivendo em castelos construídos com o velho elo. Ainda não era, é a era!