LIVRES POETAS DA PERIFERIA

Estão em Ônibus, Praças,

Calçadas Escolas Parques

Casarões, Saraus

Qualquer pedaço de chão.

Sorrisudos, sisudos

Silenciosos, barulhentos

Despachados, esquivos

Distraídos, atentos.

Palavra na língua, na tela, no papel.

Anseiam por cantar

Sua comunidade, sua pele,

O belo, o bom, o agradável

O hediondo, o absurdo, a denúncia.

São os livres poetas da periferia.

Marcos Peixe
Enviado por Marcos Peixe em 25/08/2020
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