LIVRES POETAS DA PERIFERIA
Estão em Ônibus, Praças,
Calçadas Escolas Parques
Casarões, Saraus
Qualquer pedaço de chão.
Sorrisudos, sisudos
Silenciosos, barulhentos
Despachados, esquivos
Distraídos, atentos.
Palavra na língua, na tela, no papel.
Anseiam por cantar
Sua comunidade, sua pele,
O belo, o bom, o agradável
O hediondo, o absurdo, a denúncia.
São os livres poetas da periferia.