Ser ou não ser,gay ou não gay

A gente só aceita quem é gay até ter um na sua família".

Típica infelicianidade do dia-a-dia.

É uma puta vitória ver o risível projeto da "cura gay" arquivado,que seja menos um mero detalhe triste de um senado rachado,assustado.

E mesmo quando o fanatismo perde pra liberdade,pela quinquagésima vez,ouço essa frase escrita aqui em cima ser vomitada da boca de alguém. Tá,talvez o cara tivesse uma repressão sexual pesada,talvez nem fosse isso...capaz ser uma insegurança típica de alguém mal resolvido.

Qualquer tipo de preconceito deve ser visto com nojo. Repúdio. Asco. A moral da pessoa que diz uma babaquice dessas vai a prêmio,e que o prêmio seja dado,enojado,pra quem acha que a melhor resposta pra própria insegurança é a segregação do outro...triste. Pesado.

Não deixe sua integridade ir pelo ralo por um puta comportamento asqueroso,antiquado.

O brasileiro que comemora,orgulhoso,deveria ser hétero,bi ou gay,e se não fosse nenhum dos três,seja indiscriminadamente indescritível, com direito a sigla,bandeira,e ornamento que bem entender. Seja a opção sexual que VOCÊ escolher,só você,e mais ninguém.

Definir alguém pela opção sexual,inclusive, é se ater a um detalhe microscópico,inquantificável,nanico.

É um démodé descartável pra emoldurar o retrato que compõe o caráter de um ser humano que a sociedade considere "digno".

Pra qualquer pessoa bem esclarecida sexualmente,deveria ser a informação alheia mais irrelevante do mundo..resolva sua própria intimidade,e se tiver que se reinventar e "sair do armário",vai fundo.

Ser ou não ser,gay ou não gay,só sei que todo ser humano merece ser feliz do jeito que bem entender.

Paulo Orlando Iazzetti
Enviado por Paulo Orlando Iazzetti em 03/07/2020
Reeditado em 04/07/2020
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