O Jumento
 
Uma presa só é fácil
Quando fácil é facilitar
Facilitando o mais versátil
Dos falsos que sugam o ar
Morre a vontade de vida;
Sucumbe quem tem ferida.
 
E, sem máscara, segue
O desmascarado infame
Sem cara, sem nome;
Matando de fome a plebe
O Bárbaro Barroco faz-se imundo
Às custas, vive em sono profundo...
 
FaS-se neo golpista
Fakeniano, artista
Mentiroso e anarquista
Ideário, idealista
Reacionário, golpista
Miliciano, avaro à vista
 
Por que não o arrancar à força;
Na forca, com um golpe certeiro
Porque deixar as viúvas, os viúvos
Uivos de filhos e netos, com fome
Filhos sem nome; sem cadastro
Sem madrasta e sem padrasto
 
Uma Bosta no pasto
Um rebanho sem lastro
Só se valem das matas e terras
Um vaqueiro sem vaquejada
Muitas famílias em guerras
Uns pescoços e quase nada
 
Plantio que invades e herdas
Sem lenço e sem documento
Como um jumento, berras:
Queimem logo essas merdas!
Seremos donos, por um momento...
E tu serás fascista e jumento!
 
Ubirajara Sá
Enviado por Ubirajara Sá em 16/06/2020
Reeditado em 07/06/2021
Código do texto: T6979215
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