Atualidade

Quanto mais vazia e calma

Mais ainda é perigosa a rua

(Isola). A bola na rua

Simplesmente a bola

E o asfalto,

Não há quem queira mostrar talento,

Não há quem queira jogar uma pelada,

Não há quem queira fazer pontinho,

Não há quem queira…

Casas com grade

(Já não basta ter medo da marginalidade,

Tem que ter medo de doença

Invisível), a rua nua e doentia,

A rua nua prostituída

Por quem se aproveita

Da situação alheia

Para lucrar (sistema podre –

Capitalista).

No mundo de crença,

Onde muitos colocam

Deus a cima de tudo

E carrega por dentro

A falta de amor.

Há ser que mata mais

Que droga,

Quantas pessoas são assassinadas

Por ano?

Calamidade pública,

Pobre nem sempre tem vez.

Humano nem sempre é humano

(Desigualdade social

É desumano).

A sociedade feito a rua

A cada dia, nua, vazia, calma,

Doentia…