Por nada
Qual o porquê de nos matar?
Para ornamentar o mundo?
Não somos flores do campo
Somos animais fecundos
Sim, culpados somos pela ira
Iguarias? Comemos pois morcegos e ratos
E como carraptos de cavalos
Em nós nos pousamos
Sem funeral haverá corpos
Que levantaria uma catedral
Onde o bispo acenaria para os mortos
E crucificaria os vivos
Tantas perdas, vidas e capital ter-se-ão
Será o preço do dislate
Que tolos estarão a pagar
No meio do nada