Por nada

Qual o porquê de nos matar?

Para ornamentar o mundo?

Não somos flores do campo

Somos animais fecundos

Sim, culpados somos pela ira

Iguarias? Comemos pois morcegos e ratos

E como carraptos de cavalos

Em nós nos pousamos

Sem funeral haverá corpos

Que levantaria uma catedral

Onde o bispo acenaria para os mortos

E crucificaria os vivos

Tantas perdas, vidas e capital ter-se-ão

Será o preço do dislate

Que tolos estarão a pagar

No meio do nada

Ed Ramos
Enviado por Ed Ramos em 31/03/2020
Reeditado em 31/03/2020
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