Anonimato
Anônimo grito o das ruas
Anônima, impossivel a escalada
O pranto surdo barrado nos condominios fechados.
De ronda, a injustica
muda, cega, e nua ...
Anônima a cesta tão básica, tão basiquinha,
embalo da fome, de um povo que aspira mais do que água com farinha.
Pinga temperada na insone esperança
de um emprego, um grude melhor
ou quem sabe a morte que grassa livre
e circula sem pejo nem fiança.
Em outro planeta alhures
a elegância o riso a graca
por traz dos óculos escusos
tão distantes... Na outra esquina,
essa nave fechada
essa cara de pau blindada.
Anônima arma na mão
encharca de medo o colarinho branco importado
nesse pescoco imaculado ?
Mas um dia o grito ecoa... Tem olhos, cheiro e avanca.
E agora tem pressa. Quer beber a parte que lhe cabe no seu frisante!
Atrevimento do miliante.
E aínda deve o imposto
que lhe foi imposto...
Anônimo grito o das ruas
Anônima, impossivel a escalada
O pranto surdo barrado nos condominios fechados.
De ronda, a injustica
muda, cega, e nua ...
Anônima a cesta tão básica, tão basiquinha,
embalo da fome, de um povo que aspira mais do que água com farinha.
Pinga temperada na insone esperança
de um emprego, um grude melhor
ou quem sabe a morte que grassa livre
e circula sem pejo nem fiança.
Em outro planeta alhures
a elegância o riso a graca
por traz dos óculos escusos
tão distantes... Na outra esquina,
essa nave fechada
essa cara de pau blindada.
Anônima arma na mão
encharca de medo o colarinho branco importado
nesse pescoco imaculado ?
Mas um dia o grito ecoa... Tem olhos, cheiro e avanca.
E agora tem pressa. Quer beber a parte que lhe cabe no seu frisante!
Atrevimento do miliante.
E aínda deve o imposto
que lhe foi imposto...