ANDARILHOS...
As ruas das cidades estão cheias de ninguéns...
Esses ninguéns têm filhos, com rostos de ninguém.
Eles não são donos de nada; a não ser do frio noturno.
Eles não estão vivendo a vida, eles são uns mortos-vivos.
Ninguém os vê, ninguém os saldam. Eles são apenas, nada.
De onde veio essa nossa insensibilidade? Por que nos cegamos?
Eles têm pressa; o resto de vida que ainda há neles está se esvaindo!