FEIÇÕES
Rostos Humanos são fisionomias de eternos conflitos,
Infernos de dicotomias em mil gravuras no semblante da face.
É um composto de efêmeras caretas desenhadas em ardil disfarce,
Alucinações. Delírios. Figuras tatuadas nas têmporas dos aflitos.
Metamorfose. Simbiose. Martírios de neurônios em desvario,
Ora Facetas de anjos, ora demônios de assimétricas feições.
Enganações. Mutretas. Psicoses. Reticências de tétricas emoções.
Sabe a inocência das insubmissas águas na imensidão do rio?
Na exuberante escuridão tombam escunas no recanto do atol,
Sob as premissas de um farol que clareia o norte de armadilhas.
E o vento sutil, que sob aporte do sol, rodeia a omissa areia das trilhas,
Também é incertezas das dunas no encanto e beleza do arrebol.
Assim é a alma humana. Tem discernimento de natureza inconfidente.
Até o sábio pensamento é insipiente na calma de insana essência.
Tudo sombra. Contornos. Vultos. Penumbras de insultos e violência.
De leviana aparência, somos ultrajante em torno de um lábio Sorridente.