REBELIÃO NO CÁRCERE
Adentrou sorrateiramente em meu caminho
com promessas de amor, aconchego e carinho,
tal qual ópio em demasia,
mimos que me entorpeciam!
E na imersão das chamas da paixão,
o cupido flechou meu insensato coração,
conduzindo-me a um enlace precipitado,
tortura à vista, rumo a um cárcere privado!
Oh! Estúpido cupido!
Antes, “sonhos, risos, promessas de paraíso”,
agora só me restou desilusão, pranto e dor!
Oh! Cárcere descomunal!
A violência psicológica tornou-se habitual.
Oh! Quanto pavor, quão inclemente é o ritual!
Oh! Cárcere maldito!
Sem vez, sem voz, sem motivos para risos,
que desatino!
Rebelo-me, pois não aceito este destino!
Desafio o medo,
o conformismo, o previsível,
rompo o silêncio e faço ecoar meu grito,
mas neste cárcere eu não fico!
Promovo aqui uma rebelião,
quebro as algemas da submissão,
viro tudo pelo avesso,
pra conquistar a vida que mereço!