PEDINTE

Pelas ruas se esticava
Todo alvorecer e demais tempos
(lá permanecia sempre)
Chapéu de palha nas mãos
Testa franzina e negra suada
Talvez não fosse tão negra
Só suja ou encardida
Pobre homem pernoitava
Com uma lata de alça curta
Cantarolava - feliz
Mesmo sem nada
Sem ninguém
Seguia seu ritual
A estrada do riacho
Como direi que não
Se foi sempre assim
Sem ter e ser alguém 
Que vivera até o fim.
Débora Muniz
Enviado por Débora Muniz em 14/10/2019
Código do texto: T6769005
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