Ira induzida
Há dedos perdidos a teclar a ira
Induzidos pelos gestos de socos no ar
E o ser de emoções não contidas
Teima em se equivocar
Palavras frias não pensadas
Lançadas na tela de cristal
São as sementes a ser espalhadas
Nesse mundo virtual
É o mal que se empenha a te seduzir
Por via dos homens maus
Que oprimem, em resenha, os fracos
Que não têm o direito de agir
E a imagem da morte é tão vulgar!
O que se esperar então?
Haverá, em todo lugar, atiradores de precisão
Acaso o perigo se manifestar?