Arbitrariedade

Nos becos do território negro

Nas vielas das comunidades

Não obstante haja arrego

Pode-se atirar à vontade

É a ordem do déspota

Que disputa o trono

A do céu definir a rota

A ferir os direitos humanos

São mortes divulgadas por dia

Uma contagem errada

Há as dos passageiros da agonia

E das promessas mutiladas

O que esperar do juiz?

Que decora os estatutos

Que jura cumprir a lei do país

Que se diz absoluto

Ed Ramos
Enviado por Ed Ramos em 27/05/2019
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