Poesia de banheiro

Antes que eu de descarga na sociedade,

Tenho algo a dizer,

Como um funeral chulo,

Não há o que fazer.

"E só mais uma droga",

Grita a desesperança,

"E só mais um latrocínio"

Grita o desamor,

"Os viados devem morrer!"

Grita a falta de empatia.

Talvez isso seja,

O difícil ato de viver,

Que os filósofos tanto falavam.

Há algo que ainda segura a mão,

Antes do último punhado de terra,

Será a esperança?

Ou será melhor,

Dar a descarga,

E deixá-la imergir,

Nesse mar dela mesma?

Mar de bosta