O Fogo
Há combustível à solta
Nos lares, nos museus, nas lojas
Nos lugares que aloja sonhos
Nas naves
Há o ar que flutua nos campos
Nas avenidas, nas quintas, nas cadeias
No ninho dos sonhadores
Nos bofes
Há o calor que lança centelhas
Nas gramas, nos assentos, nas paredes
No gelo dos jogadores
Nos cofres
E o sonho do atleta é mutilado
O acervo da história é desfeito
E a voz da rádio silencia
Culpa dessa tricotomia