Os flanelinhas de cérebro

Escrito em 12/1/2019

De quatro em quatro anos eles vão ao seu carro

Vendendo serviços e tirando seu sarro

De mãos sujas prometendo que vão limpar

Incerto, você vê o calor subindo no ar

Mãos sujas de terra, você dá o dinheiro limpo

Do seu gesto orgulhoso, com certeza eu pimpo

Mas saiba que ao pagar pela limpeza mental

Você traz a cegueira íntima afinal

O que eles fazem pra conseguir vender seu produto

Tão mais simples e contente você está, eu chuto

Por não ver e nem se arrepender então

Da intolerância que diz quando alguém fala "não"

E as mãos sujas que prometem que vão lavar

E os hipócritas que a verdade irão contar

E os borrões no vidro indicam a qualidade

De conseguir te manter longe da verdade

Então você pagou pra que limpassem sua mente

Com os panos mais sujos por não estar contente

Por não ter onde ir nem saber o que dizer

E agora você nem sabe mais quem ser