A Areia do Rio Acari

Havia preás naquele tempo da areia lavada

A qual o Velho a retirava do rio de águas acinzentadas

Que impediam a nossa travessia à margem da grama

Do modo que o rio se afundava a cada dia

O Velho brigava com ele todos os dias

E somente o tempo conseguia a trégua

A enviar a chuva e a noite para cessar

As mãos que arrastavam a pá de grãos

Era o pão de cada dia a ser retirado

Para alimentar um punhado de crias

Que vivia no barraco ao lado

Enfincado no barro do topo do morro

E o bairro se expandia à custa do Velho

Casas a ser erguidas pela riqueza da arte,

A areia garimpada pela força dos braços

E secada pelo coração da natureza

E um dia, o "Velho" se foi no redemoinho ...

Ed Ramos
Enviado por Ed Ramos em 15/11/2018
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