MANHÃ DE CHUVA

MANHÃ DE CHUVA

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Manhã de chuva de que a espera passar por entre as abas da janela,

Alterando a solidão dos caminhos pelas vidas tidas como singelas;

No arado regado dos verdes das matas orvalhadas a chorar,

Pedidos de que almeja uma positiva resposta de quem deva amar.

É de quem está sedento por um namorado para amar,

Dos amores das flores de quem espera um amor até ele chegar,

Dos casais formados cada um com o seu predestinado par,

Ambos correndo pela chuva intensa com a roupa toda a molhar.

Poças de águas barrentas estando as valas até em um profundo a formar,

Manhã de chuva as proteções das marquises com tecidos para se secar,

Percorrendo caminhos decrescentes por um escoado ralo a encontrar,

Deslizes dos limos lisos assolados para em um tombo escorregar.

De dentro de casa torcendo para os pingos da chuva parar,

Famílias protegidas por valores que são para preservar,

Conservando conceitos viáveis do tempo imenso a passar,

Daquilo de indicado que a cordialidade leva todos diretos a um altar.

Do sono profundo pelo barulho que alarma em acordar,

Sonhos predominantes as lutas prontos para quem está a realizar,

Do topo mais alto bem elevado que um predestinado possa chegar,

Plumas flutuantes por bem elevado as pretensões que vagam pelo ar.

Dos lagos, lagoas ou rios que estão a transbordar,

De uma janela aberta olhando a chuva torrencial encharcar,

Varandas com tapetes para bater os pés para não escorregar,

Sapatos molhados nos assoalhos combinando as cores a brilhar.

Nestas primeiras horas por cada pingo a estalar,

Das nuvens que cobre o céu do sol que estava pronto para raiar,

Manhã de chuva esparsas de goteira na laje a pingar,

Molhando os casais apaixonados prontificados para casar.

Chuva de quem se molha a solidão do amor a quem deva conhecer e se relacionar.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 16/10/2018
Código do texto: T6477770
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