Meu grito
O meu grito não é de revolta
E sim de desolação.
Pois a revolta não traz de volta
A segurança de uma nação.
Eu grito por justiça!
Meu grito é de compaixão
Pela dor estampada
No rosto do meu irmão.
Eu grito pela mãe preta
Que em vez do branco leite
Jorra em seu peito o sangue.
O meu grito é do filho inocente
Que não tem a mãe presente
Por culpa do bangue-bangue.
Eu grito pela liberdade
Eu grito pela igualdade
Eu grito pela paz e pelo perdão.
Grito pela força da união.
Eu grito...
Mas ninguém me ouve.
Será que estão surdos?