A PESSOA ESTRANHA
A PESSOA ESTRANHA
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Nas vitrines das sombras com que de suor a algo ganha,
Refletem pelas ruas os nomes despontados pelas barganhas,
Espelhos relampejantes das caretas as suas permissíveis entranhas,
Perplexidades dos status as feições diferenciais das pessoas estranhas.
A que se encabula daquilo que causa a estranhar,
-- Por quem possa ser a que tenha encontrar –
De um bêbado cambaleando procurado pela solidão,
Um esquecido caído em uma canto de uma impetuosa multidão.
Das procissões que atravessam as mediações das cidades,
Edifícios clareados as energias das luminosas eletricidades,
Manipulações das janelas até onde possa escancarar,
De onde possa ser a indagação pronta para perguntar.
De um rosto diferente sobressalente integrado a intervir,
Nas atitudes elaboradas por ter que de enfrentamento prosseguir,
As feições diferentes da cordialidade para de uma conversa dirigir,
Indiferentes as outras tantas gente a que tem que interagir.
De quem a tudo odeia ou a tudo a ama,
A qual a leva a um ringue no meio de uma rua a trama,
Do amor exposto a uma giratória redonda cama,
Que de carência vive as respostas indagadas pelas imposições de um drama.
Dos barulhos dos embrulhos com recheios as lança-chamas,
Das interdições das chuvas que formam escarsel das poças das lamas,
Obsessão supracitada da ambição que almeja a popularidade da fama,
Daquele que ninguém a conhece sentado em um pátio em um banco sobre a grama.
Conciliando indo de um lado ao outro a algo procurar,
Um alguém, ou algo que tendes por sorte a encontrar,
A uma carteira ou lapiseira dentro do que tenha que explorar,
De um bolso apertado cheio daquilo que é para guardar.
A pedir informações das formações para onde quer chegar,
Das obesidades de quem esbanja quilos a mais designados como banha;
De uma abertura imposta a uma broca grossa que a furada arreganha...
A quem deva ser a aparência desconhecida de uma pessoa estranha.
De uma questão de quem de azar a perde ou mesmo a sorte tudo ganha.