PRISIONEIROS DO LAR
PRISIONEIROS
Não sou poeta ou cantor romântico,
Porém um escritor popular,
Que se vale da nobre arte da poesia
Simplificando o muito que tem a dizer
Para os muitos que precisam saber
E que não dispõem de tempo a perder.
Desperto cedo, costume normal desde criança,
O fiz às 03,30h, mesmo na fria madrugada,
Não por sofrer de insônia ou por problemas
Mas é porque cochilo de dia e durmo cedo.
Sou um idoso, portanto dispensável dizer,
O quanto sou prisioneiro no próprio lar,
Além da obrigatória ociosidade social
Tem a mídia televisiva para atrapalhar
Com noticiários quase permanentes
De toda sorte de crimes sensacionais.
Sequer o idoso pode sair para passear
Mesmo os magros proventos sacar,
Além das calçadas e ruas esburacadas
Há os covardes bandidos para atacar.
Como idoso recordo tempo passado
Quando havia respeito exemplar,
Passeávamos pelas vitrines e jardins
De mãos dadas com as namoradas
Em tocantes idílios com bom final.
Não invoco o nome de Deus em vão
Indagando porque a humanidade é má?
Sinto horror e vergonha de ser parte dela
E como filho Dele me apresentar.
Pergunto então à nossa sociedade
Por que é tão bom se ser bom
E ela sendo afim segue o lado ruim?
São estas as questões para se indagar
Sem ao Deus Pai incomodar.