PRISIONEIROS DO LAR

PRISIONEIROS

Não sou poeta ou cantor romântico,

Porém um escritor popular,

Que se vale da nobre arte da poesia

Simplificando o muito que tem a dizer

Para os muitos que precisam saber

E que não dispõem de tempo a perder.

Desperto cedo, costume normal desde criança,

O fiz às 03,30h, mesmo na fria madrugada,

Não por sofrer de insônia ou por problemas

Mas é porque cochilo de dia e durmo cedo.

Sou um idoso, portanto dispensável dizer,

O quanto sou prisioneiro no próprio lar,

Além da obrigatória ociosidade social

Tem a mídia televisiva para atrapalhar

Com noticiários quase permanentes

De toda sorte de crimes sensacionais.

Sequer o idoso pode sair para passear

Mesmo os magros proventos sacar,

Além das calçadas e ruas esburacadas

Há os covardes bandidos para atacar.

Como idoso recordo tempo passado

Quando havia respeito exemplar,

Passeávamos pelas vitrines e jardins

De mãos dadas com as namoradas

Em tocantes idílios com bom final.

Não invoco o nome de Deus em vão

Indagando porque a humanidade é má?

Sinto horror e vergonha de ser parte dela

E como filho Dele me apresentar.

Pergunto então à nossa sociedade

Por que é tão bom se ser bom

E ela sendo afim segue o lado ruim?

São estas as questões para se indagar

Sem ao Deus Pai incomodar.

Iran Di Valencia
Enviado por Iran Di Valencia em 06/09/2007
Código do texto: T641817