É HORA!
Esta é a hora
Do samba sair da lagoa
Da sombra que encobre sua luz
Seguir terra adentro, bolindo
Com palmas e sacudir de poeira
Remexendo as ramas do racismo
- Densa mata de ostracismo
Que na beira do mundo nos pôs
É hora, minha gente!
É hora!
De entramos em campo com tudo
Arte, axé e amor
Ciência, ideias e porvir
Agitando bem mais que o cabelo
Tirando cantigas a mais
Gingando diante dos “donos”
Do mundo que em prantos criamos
Elegendo mãos conhecidas
Pra um Novo Mundo sigamos!
Olha a hora, meu povo!
É hora!
De podermos correr pelo mundo
Medindo, mexendo e mudando
Os nomes que fecham caminhos
Ao tiro chamando abraço
Desprezo chamando carinho
Pra o mundo novo surgir
Onde beira não seja sarjeta
E sim o lugar mais próximo
Entre os distantes e diferentes.
Política, meu povo!
Cuida!