Sem Tetos
Não havia tido moradia
Mas entre as pedras decorativas
Existia um prédio desvalido
Para a miséria apossar
Os degraus estavam puídos
Pelos pés batidos
Dos gêmeos sem tetos,
Ioiôs da miserável sociedade
Um prédio sem dono
Sob o olhar da autoridade
Que assentada no trono
Assistia o iminente desastre
E a desgraça acontece
No meio da madrugada
Durante o sono dos magnatas,
Adoráveis homens de gravata