Sem Tetos

Não havia tido moradia

Mas entre as pedras decorativas

Existia um prédio desvalido

Para a miséria apossar

Os degraus estavam puídos

Pelos pés batidos

Dos gêmeos sem tetos,

Ioiôs da miserável sociedade

Um prédio sem dono

Sob o olhar da autoridade

Que assentada no trono

Assistia o iminente desastre

E a desgraça acontece

No meio da madrugada

Durante o sono dos magnatas,

Adoráveis homens de gravata

Ed Ramos
Enviado por Ed Ramos em 03/05/2018
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