Sem Cera
Haverá faces sem cera
Não existirão fachadas
Que à socapa faleça
E a moita desapareça
Quiçá exista um barca
Uma balsa do inferno
Que sugue a peita
E não haja mais seita
E se afogará a cobiça
No fogo maciço
Que só se apagará
No findar da praga
E existirá um mundo sem cobras
Sem sobras, sem cordas
Talvez sincero, sem cera