Sem Cera

Haverá faces sem cera

Não existirão fachadas

Que à socapa faleça

E a moita desapareça

Quiçá exista um barca

Uma balsa do inferno

Que sugue a peita

E não haja mais seita

E se afogará a cobiça

No fogo maciço

Que só se apagará

No findar da praga

E existirá um mundo sem cobras

Sem sobras, sem cordas

Talvez sincero, sem cera

Ed Ramos
Enviado por Ed Ramos em 27/04/2018
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