Sem Laços
Sem Laços
Içados da cama por mãos envenenadas
Animaizinhos cansados do dia e da noite
Têm em seus cabrestos as mãos apressadas
Que manuseiam covardes açoites
Arremessados ao pátio pelas mãos viciadas
Mãos que embalam, mãos fracassadas
Pobres criaturas, filhotes sem berços
que têm do dia apenas um terço
Amansados por doces mãos destras
Libertados das cordas pesadas
O novo habitat é uma festa
Mas lá fora há mãos desesperadas
Sem laços ...