Impedidos

Entre as grades da sociedade

Nossas asas atrofiam

A impedir o voo da liberdade

E a baldar a vida

Não há alvará de soltura

Para nós, condenados inatos

Não há tutela

Para nós, natos da favela

O sol nasce quadrado

Não há o horizonte

Há um monte farpado

De alta corrente

Há um rio de águas amargas

Onde vivemos à margem

A trabalhar forçados,

A terceira margem

Ed Ramos
Enviado por Ed Ramos em 22/04/2018
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