HELENO DE FREITAS
HELENO DE FREITAS
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Do primeiro jogador de futebol a matar uma bola no peito sobre as suas receitas,
Da primeira entrevista a uma rádio intervindo a nenhuma suspeita,
De um grande ídolo a obsessão longe das insinuações das algumas seitas,
Primeiro a dar entrevistas a um jornal por obras que estão a ser feitas.
Gramados dimensionais aos seus dribles desconcertantes as suas espreitas,
Da maior negociação pra sua época pelo seu certeiro chute ao gol com da perna direita,
Por não acatar o erro por vinculações a aquilo que nunca na irmandade se aceita,
Das revistas dos fascículos sobre as vendagens por páginas de curtidas a refeitas.
Do galã com o cabelo incrementado a gomalina a sua suave feição por careta,
A sua Harley-Davidson exorbitante como de sua montável lambreta,
Da sua estrela da cor branca as suas listras verticais como de brancas e pretas,
Deste magistrado como de sábia ideia a impor um bom assunto impondo por boas letras.
Do primeiro a imprimir elegância a sofisticação nas partidas longe das tretas,
Maior da sua categoria a encantar as mulheres das alegres até as obsoletas,
Centroavante de muitos recursos como de voar das borboletas,
Cabeceador exímio a alargar os campos por dimensões estreitas.
Dos grandes cassinos como da Urca como dos clubes dos cafajestes a trombetas,
Um galanteador como de grande jogador revolucionário a flexibilidades de chupetas,
Das torcidas a tietes a vibrar com as suas fiéis alegrias a sons de cornetas,
Do glamour entre as mulheres a soberania nos gramados a finura da voz que a respeita.
Do primeiro jogador de futebol burguês e ídolo por pé de cada letra,
Da primeira negociação internacional de um jogador pra ir pro exterior a muitas gorjetas,
De uma bola pra se chutar que um craque a seu modo ajeita,
Cadenciado ao time no que de suma forma na partida a deita.
Do Copacabana Palace as namoradas das paqueras sobre as suas colheitas,
Deste grandioso gênio como de batismo consagrado Heleno de Freitas.