RUA PRIMEIRO DE MARÇO (CENTRO DO RIO DE JANEIRO)

RUA PRIMEIRO DE MARÇO (CENTRO DO RIO DE JANEIRO)

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Rua Direita dos tempos do Brasil Colônia a seu espaço,

Seus senhores dos engenhos as amarras dos seus cadarços,

Passavam paquidermes herbívoros ruminantes carregando produtos vulgares ou ricaços,

Escravos transportes ou transportadores dos carregamentos nos passos;

Rua da Vala a Rua Uruguaiana atravessada a trilhos de aço.

Rua da Misericórdia do seu contorno ao Morro do castelo a cada traço,

Rua Direita a ligação do Morro do Castelo ao Morro de São Bento por cada abraço,

Eram caminhos dos transeuntes ambulantes do litoral, nestas ruas ligadas a braços,

Civilizações das iniciantes aglomerações do chão ou pé-de-moleques dos pés descalços.

Esta Rua Direita da nobreza monárquica absolutista a multidão esparsa,

Vendedores, mercadores ambulantes ou transeuntes como comparsas,

Foi uma das primeiras ruas desta cidade postal a sua carcaça,

Restando daqueles tempos pelo que o tempo real que do presente atual a laça.

A Praça XV de Novembro do Paço Imperial que a fonte real a perpassa.

Litoral que para os índios era um grande rio as suas pescas premiadas as furtivas taças.

Ao cerco na captura da sua refeição que abstém de uma resolvida caça,

Seus fortes que davam proteção contra as invasões pelos limites que a pretensão a ultrapassa.

Depois foi cruzada pela atual Rua do Ouvidor a cada transeunte almaço,

Moradia do ouvidor do povo que levava as querelas para o rei a sua carapaça,

Intelectuais com os seus livros, livramento, e jornais a seus maços,

Chafarizes ou estátuas esculpidas as lembranças por seus estudos comparsas.

Ruas daqueles passados tempos feitas as ultrapassagens no compasso,

Passagens das mercadorias influentes as exigentes graças,

Suas igrejas históricas as ligações as plenitudes dos arcos,

Paço a que restou ao relevo do que hoje é uma históriografica praça.

Purificação ao transtorno daquela causa denominada como devassa,

Rua Direita um caminho do litoral da embarcação que a colonização e a conquista a atraca,

Curvas significativas as esquinas servindo como catraca,

Realeza que esbanjava poderio sobre suas razões monarcas.

Banco do Brasil traduzido pelo enredo historiográfico a seus traços,

Casa França-Brasil da presença francesa a cada histórico compasso,

Cadeia velha que deste prédio construiu o plenário (ALERJ) dos estilhaços,

Ofertas empregatícias a cada causa a seus alardeados estardalhaços.

Daquilo que entrava ou saia registrados pelos seus viajantes barcos,

História que conservou este prêmio deste mausoléu demonstrativo como marco,

Primeiro trajeto litorâneo a romper sobre os manguezais, areias e as matas,

Suas erudições protagonizou um passado de expansão aumentando a cada espaço.

Com o tempo a sua demografia, a transformou na patrimonial Rua Primeiro de Março.

Sua reta seguida da sua dimensão dos números a endereços como que de compasso.

Esquinas induzidas a paralelos de uma régua nas exatidões a liga dos aços,

Rua da Misericórdia dos seus primeiros passos da multidão de hoje a sua expansão a cada histórico percalço.

Rua Direita transformada, e amada, a atual Rua Primeiro de Março.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 20/01/2018
Reeditado em 07/07/2021
Código do texto: T6231405
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