LATINO-AMERICANOS

Vossas leis

                  são contra a paz

E nos calam

                                     a voz.

Nossas vidas

                       tão desiguais

Foram antes 

                                   e após.

 

Não somos feitos de aço

          Tampouco

Enxergamos no escuro:

Nos é nítida a face do medo

Da impunidade que o erigiu cedo

E perdura, ainda emcima do muro.

Com sua matéria sólida

A turvar-nos o próprio fado  

        Enquanto

Carregando esta culpa católica

Nos dividimos desavisados:

Que embora a língua estrangeira

O mesmo suor por nós é derramado.

Mas não esqueceis

Que somos muitos, ermanos!

Profanos a impiedade

Desta máquina ávida de ganhos

Que o rubro latino derramaste.

Na penúria de riquezas

Temos liberdade no sonho

                        (Quem derá-nos

                         A liberdade em vida

                          Onde o silêncio

                                        És errôneo).

Portanto bradar-iremos

A voz imprecisa

De um povo errante:

No tempo que temos

Ao embalar no colo a esperança

Que o mundo nos encante!

Contrariando a previsão de luto:

                                    Sob o cadáver

                                        Do passado

                                       Nossas ruas

                                  Choram sangue

                Esvaindo punhos cerrados.

HenriqueBazzí
Enviado por HenriqueBazzí em 11/12/2017
Código do texto: T6195795
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