ASFALTO
A rua,
Pavimentada?
Caoticamente automóveis em cinética,
Junto ao meio-fio, o esgoto!
Calçada.
Entre latas e detritos, um jornal,
Um homem morreu.
Fatos comuns.
Morte de fome, mais comum ainda,
E os homens vão calmamente passando
Com seus sapatos de couro,
E os cabelos bem penteados.
Rua tortuosa.
Tristeza angustiada.
Asfalto na rua?
Que nada!
A tristeza invade a alma,
Perde-se a calma,
Tamanha loucura no trânsito caótico
Nesse mundo neurótico
Em que nada se organiza,
Apenas a ordem do caos predomina
Em todas as esferas governamentais
E nos pútridos poderes impostos
Pela ganância do dinheiro
Que vem da exploração humana.