ASFALTO

A rua,

Pavimentada?

Caoticamente automóveis em cinética,

Junto ao meio-fio, o esgoto!

Calçada.

Entre latas e detritos, um jornal,

Um homem morreu.

Fatos comuns.

Morte de fome, mais comum ainda,

E os homens vão calmamente passando

Com seus sapatos de couro,

E os cabelos bem penteados.

Rua tortuosa.

Tristeza angustiada.

Asfalto na rua?

Que nada!

A tristeza invade a alma,

Perde-se a calma,

Tamanha loucura no trânsito caótico

Nesse mundo neurótico

Em que nada se organiza,

Apenas a ordem do caos predomina

Em todas as esferas governamentais

E nos pútridos poderes impostos

Pela ganância do dinheiro

Que vem da exploração humana.

Aires José Pereira
Enviado por Aires José Pereira em 03/03/2017
Código do texto: T5929296
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