DE CAUSAR TERROR
DE CAUSAR TERROR
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Quando estiver sem ninguém não se sinta um Frankenstein,
Pelas assombrações daquelas pessoas a pedir as coisas como amém,
Não pergunte algo a alguém pelas misérias estaladas nos olhos daquele que nada tem.
A sombra de cada homem,
Não confundindo um sequer cão com a imagem de um lobisomem.
De quem tem tudo a sequência de quem a tudo come.
Das reflexões que nas escuridões as aparições de vez em quando a somem...
Das mulheres que procuram virar homem,
Dos homens que viram mulher como síndrome.
Daquilo que sempre surge a surpreendente aparição,
Ocupando os espaços amedrontados por cada vão.
Por cada assombração que nos encorajam como um barulho de um tiro,
Morcegos voando que fazem crer a existência dos vampiros.
Pesadelos a acordar os repousos estipulados pelos retiros,
Maldições maldosas à espantalhos da forma dos papiros.
Múmias estranhas que aparecem sobre os seus túmulos,
Esqueletos aos montes uns sobre os outros em seus acúmulos.
Quando estiver sem ninguém não se sinta uma alma de outro mundo fugindo do além,
Felicidade é pra quem procura aquilo que difere o que se têm.
Do terror daquilo que se vai ou do que se vêm pra mais além.
Ou das felicitações daquelas que com abraços dão parabéns.
Só não vá se sentir um isolado ou abandonado mesmo pela sua própria sombra a desdém.
Por não ter ou encontrar a companhia de ninguém.
Por maiores sonhos procure em tudo ir sempre mais aquém.
Sempre além.
Pra sermos na vida algum dia alguém.