POR UM CHURRASCO

POR UM CHURRASCO

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

O boi, o porco e o frango resolveram fazer um churrasco,

Do que pretenderam fazer, da carne do próprio boi,

A linguiça feita habitualmente do porco, ou do mutilado frango que pra voar Precisam das peripécias das suas asas como encargos.

Por rateios ou orçamentos daqueles que esbanjam ou controlam os gastos.

Pensaram no elemento fictício kryptonita,

Que faz parte da utopia do herói super-homem na sua proteção aos fracos

E oprimidos comprimidos como frascos.

Pelos medicamentos que dependem da patologia de cada emplastros.

Depois nas carnes humanas por seus fiascos,

No que deduziram que os humanos matam uns aos outros as britas,

Uns apodrecendo nas pobrezas outros orgulhosos por muitos bens as coisas ricas,

Embaladas as iniquidades por atrocidades rotuladas por emblemas nos plásticos.

Destas carnes humanas de nada deve se aproveitar pensaram as máscaras,

Por que dentre eles há tantas traições, desigualdades, indiferenças e crueldades,

A que bem fariam eles pra servir a nos alimentar por decadências éticas

A descer por qualquer mastros.

Se são os humanos uns para os outros verdadeiros carrascos.

Porque pra estes humanos nós somos os churrascos,

Impiedosamente a nos matar e assar cada qual com os suas tascas,

Com cada cardápios como de elásticos.

As vistas dos estômagos a ir parar por consulta dos gastros.

Então vamos fazer de fruta, verduras ou legumes,

Daquilo que mais nos alimentamos aos termos sarcásticos,

Nunca canibalizando a comer sua própria espécie ou de aproximação

Ao parentesco como cascos.

Como de bebidas e doces das especiarias saborosas como damascos.

Assim como os humanos temos vida e sentimentos,

Somos de carne e osso como forma aos homo sapiens.

Muitas das vezes ruminantes pelos nossos próprios engasgos.

Que diferenciamos de que das sombras ou águas frescas sobrevivemos ao que somos,

Nas diversidades das atuantes borrascas postas em ramos,

Embrulhos ou cestas,

Não matamos, estrupamos, roubamos ou assamos,

Daquilo que somos as vezes herbívoros ou paquidermes as vidas pitorescas.

Daqueles homens bons ou das iniquidades das bestas...

Das carnes, linguiças ou asas nos montantes por seus fiascos.

Pedaços com remendos pelos seus puídos rasgos.

-- Somos os ingredientes dos churrascos!

Como do sal, óleo, azeite ou pimenta, como de costumes aos lugarejos bascos.

Pelos seus métodos mais generosos ou impiedosos a sermos como irmãos

Gestos impensáveis ou pensáveis aos seus estragos.

A serem recíprocos como uma deixa,

Por seus sinuosos gastos.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 30/11/2016
Reeditado em 30/11/2016
Código do texto: T5839039
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