MARIA RITA
MARIA RITA
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Maria Rita coitada, bonita como ninguém,
Só gosta daquelas pessoas quer não a quer bem.
Primeiro gostava de um tal de Antônio,
Aquele que só usa uns blusões sem as golas,
Chegava com a fisionomia de quem a qualquer hora iria embora.
E este Antônio nem a dava bola.
Gostava também de um tal de José,
Um cara que só usava sempre o mesmo boné.
Depois do vizinho dela de nome Pedro,
Chegava e saia de manhã bem cedo.
E nenhum dos dois algum à quer.
E surgiu um alto chamado João,
Este João não queria nada com ela não.
Só se aproveitar das suas condições.
Suas amigas mais próximas que vivem a maior parte do tempo ao seu lado,
Algumas delas já roubaram alguns dos seus namorados.
Achar uma amiga de verdade pra ela é um obrigação por seu ilusório estado.
Ela já fez de tudo pra ser bem vista pelos homens ou bem acompanhada,
Aos bons olhos a ser respeitada e respectivamente notada.
Oferecimento dos sucos, algo compartido em sacos ou água gelada.
Como sempre troca as suas costumeiras roupas,
Pra que de uma vez não seja rejeitada.
Anda pintando os seus escorridos cabelos
Com várias cores,
Como castanho, louro ou preto,
Acompanhando os perfumes e as cores das lindas flores.
Dos filmes românticos, aventuras ou de horrores.
As unhas dos pés e das mãos são como fragrâncias que se espalham pelos ardentes ardores.
Quem ela as vezes quer foge da sua cogitação,
Daquele ou daquela que a imagina como da sua recomendação.
Uns utópicos, sonhadores ou aventureiros as suas concepções,
Outros carinhos, arrogantes ou ignorantes como opções.
Tendo ela a se aventurar,
O que o destino lhe proporcionar.
Se a quer algo de sua escolha,
Pode seguir uma certeza a qualquer instrumento em folha,
Que o seu desejo
Um dia vai se realizar.
Calejado a ponto de na pele surgir algumas bolhas.
Isto ela pode acreditar.
Pelos caminhos abertos daquilo que se abre a tirar as rolhas.